Saiba o que é a crise energética e como evitar o seu impacto

crise energética

A Europa está a atravessar uma crise energética como nunca antes vista. Agora vamos explicar-lhe o que isso significa, como a situação está a afetar as suas faturas e o que pode fazer para se proteger do seu impacto

A crise energética tem estado entre as principais preocupações da Europa nos últimos meses e também vai um dos focos para 2023. Esta situação, que tem tido impacto nos clientes de luz e gás de todos os países do continente, é grave e tem grande impacto no custo de vida das pessoas.

Quando se fala de crise energética a situação tem diversas origens e também impacto em vários níveis. Agora vamos explicar-lhe o que é, afinal, a crise energética da Europa, como ela se manifesta em Portugal e o seu impacto nos preços e na economia.

O que é a crise energética?

A crise energética é um problema com origem no aumento dos preços da energia. A principal razão é o custo do gás natural, já que ele é uma das principais fontes de energia para a produção de eletricidade. Mas outra das causas é a redução na produção de energias renováveis.

O problema é causado, portanto, por dificuldades na produção, na distribuição e no custo da energia. Segundo o Estado, a definição de crise energética é a seguinte:

“Ocorrência de dificuldades no aprovisionamento ou na distribuição de energia que tornem necessária a aplicação de medidas excecionais destinadas a garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos sectores prioritários da economia e à satisfação das necessidades fundamentais da população”.

Qual a origem da crise energética na Europa e em Portugal?

A principal origem da crise energética é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, já que os russos eram o principal fornecedor de gás natural para os países europeus. Ela é caracterizada por constrangimentos no fluxo de gás natural fornecido pelo pipeline Nordstream e também por um aumento no preço do gás.

Além disso, outras situações tiveram impacto na crise energética. Em Portugal, por exemplo, a prolongada seca fez causou a descida na produção de energia renovável nas barragens hidroelétricas. E, como consequência da falta desta alternativa, há ainda maior dependência do gás natural para produzir eletricidade.

Há ainda outros motivos, todos associados ao aumento do custo do gás natural. Em primeiro lugar, a retoma da produção e mais consumos elétricos após a pandemia. Depois, a maior procura por gás natural na Ásia, que fez aumentar os preços desta matéria-prima.

Por fim, o encerramento de centrais alimentadas a carvão e outros produtos petrolíferos também fez aumentar a procura por gás para gerar energia.

Qual o impacto da crise energética?

O impacto desta crise de energia é sentido a vários níveis. As principais consequências são:

  • Aumento do preço kWh da eletricidade e gás, com aumento nas faturas dos clientes;
  • Custos de produção mais altos para as empresas, que fazem subir os preços e causam inflação;
  • Dificuldades no aquecimento, num problema definido como pobreza energética (sabia que 80% dos portugueses indica ter dificuldades para aquecer a casa no Inverno?);
  • Inclusão de novas taxas na eletricidade, como o ajuste Mibel, para compensar as medidas de limitação dos preços do gás natural.

Este problema vai continuar?

Tudo indica que a crise energética europeia ainda vá durar mais algum tempo, Principalmente porque não há fim à vista na guerra entre Rússia e Ucrânia e a normalização das relações entre russos e União Europeia não deve acontecer a curto-prazo. Depois, porque os preços do gás vão manter-se elevados.

Por fim, porque há dificuldade no abastecimento por parte de outros produtores além da Rússia. Por exemplo, o acordo de fornecimento entre Portugal e a a Nigéria tem vindo a sofrer com atrasos no fornecimento. 

rússia na origem da crise energética
As relações difíceis entre a Rússia e a União Europeia devem manter-se, causando constrangimentos no fornecimento de gás natural e petróleo deste país e contribuindo para a continuação da crise energética

Como as pessoas se podem proteger da crise energética?

Há três formas dos clientes se protegerem da crise energética. Em primeiro lugar, escolhendo fornecedores com tarifas de luz e gás mais baratas e com descontos. Depois, reduzindo os consumos de eletricidade e gás para baixar as faturas.

Por fim, outra solução é recorrer a sistemas de produção de energias renováveis ou outras soluções complementares. A solução mais óbvia é instalar painéis solares. Mas, por exemplo, se tem uma lareira pode priorizar o seu uso para não gastar eletricidade com aquecedores e ar condicionado.

Quais as melhores formas de gastar menos eletricidade?

Para poupar eletricidade, deve adoptar as seguintes práticas:

  • Evitar desperdícios de energia, como tomadas, luzes e carregadores ligados quando não precisam ser utilizados;
  • Não deixar equipamentos como os computadores e televisões em stand-by;
  • Usar tomadas inteligentes (com interruptor), que pode desligar para reduzir os consumos de eletricidade;
  • Fazer a climatização natural da casa no Inverno. Ou seja, usar a luz solar do dia para aquecer os espaços e fechar as persianas de noite para reduzir as perdas de calor;
  • Escolher eletrodomésticos com etiqueta energética mais elevada (A e B)
  • Usar de forma eficiente os eletrodomésticos. Por exemplo, desligar antecipadamente o forno elétrico e aproveitar o calor acumulado para terminar a confeção dos alimentos;
  • Optar por usar mais camadas de roupa ao invés de usar os equipamentos de aquecimento eletrónicos.

E como posso gastar menos gás?

Para gastar menos gás em casa, estas são algumas das melhores dicas;

  • Não tomar banhos de imersão ou prolongados;
  • Usar o calor acumulado no fogão e forno para terminar a confeção dos alimentos, reduzindo os consumos de gás;
  • Optar por panelas e tachos mais pequenos. Desta forma, reduz o tempo de aquecimento e consegue cozer os alimentos mais rápido, com gastos de gás mais baixos;
  • Confirmar que não existem pequenas fugas ou outros desperdícios de gás.

E como posso poupar nas faturas?

Para poupar nas faturas de energia, deve usar um simulador de preços de eletricidade e gás. Dessa forma, você sabe todos os preços, pode comparar as tarifas e obter uma simulação personalizada para conseguir os preços mais baixos.

Depois, como mudar a eletricidade e gás é grátis e os contratos não têm fidelização, você só precisa de aderir às tarifas mais baratas e com mais descontos. A mudança é feita, normalmente, em apenas 48h, e você pode poupar mais de 500€ por ano nas faturas.

O que está a fazer a União Europeia para combater a crise energética?

A União Europeia tem, desde o início da crise energética, adoptado várias medidas para mitigar os seus efeitos para a população. O destaque é o Plano Repower EU, que visa reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como o gás natural russo, pelos vários países europeus.

Depois, foram adoptadas três medidas principais:

  • Redução dos consumos de eletricidade pelos Estados-Membro (por exemplo, em Portugal vários municípios decidiram reduzir as horas de funcionamento da iluminação de natal);
  • Limitar as receitas dos produtores de energia (com agravamento dos impostos para evitar os lucros excessivos e aproveitamento da situação por estas empresas);
  • Contribuição de solidariedade pelas empresas do sector dos combustíveis fósseis;

Este dinheiro obtido ou poupado pode depois ser transferido para a população de diversas formas. Por exemplo, com transferências diretas (como o novo apoio de 240€ que chega principalmente a quem tem tarifa social de eletricidade).

Mas, também, podem ser dadas compensações e incentivos a empresas que baixem os seus consumos de energia. E, além disso, com apoios ao investimento em energias renováveis. Por fim, os países europeus têm ainda liberdade para tomar medidas adicionais, como o limite de preço do gás estabelecido em Portugal e Espanha.

Reduza o impacto da crise energética

A crise energética está para durar. Por isso, a melhor forma de se proteger é com os preços mais baixos para a eletricidade e gás na sua fatura. A Comparamais pode ajudá-lo, por exemplo ao indicar que empresas de energia não cobram a taxa Mibel ou dão descontos e ofertas do termo fixo do gás.

Para se proteger da crise energética, a melhor opção é mesmo simular os preços de luz e gás e aderir às tarifas mais baratas. Para isso, só tem de carregar na imagem abaixo e seguir estes três passos: Simule, Compare e Poupe!

simulador eletricidade e gás