Período de Carência no Crédito e Seguros – Saiba as diferenças e como funciona

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O período de carência é uma prática muito comum nos seguros. Mas, além disso, com o agravamento da situação económica das famílias, também se está a tornar habitual no crédito. Só que, na prática, o período de carência é totalmente diferente nas duas situações.

Nos contratos dos seguros, o período de carência é muito usual e existe em quase todos os contratos. Mas, mais recentemente, o período de carência também se está a tornar comum nos créditos habitação. No entanto, esta expressão tem um significado totalmente diferente nos seguros e nos empréstimos.

Nos empréstimos ele surge como uma excelente ajuda para as famílias com mais dificuldades financeiras. Já para os seguros, é algo diferente, pois tem a ver com prazo até as coberturas entrarem em vigor. Agora vamos explicar-lhe tudo o que precisa saber sobre este tema.

O que é o período de carência nos seguros?

O período de carência significa um prazo. Ele é aplicado em quase todos os seguros de saúde, e significa que durante um período após contratar um seguro as coberturas ainda não estão válidas. Ou seja, não pode usar os descontos e outras vantagens do produto que contratou.

Período de Carência Crédito Habitação

No crédito habitação a aplicação do período de carência é totalmente diferente. Ele significa um período em que não está a amortizar o valor do empréstimo e que apenas paga juros. E neste momento, com a subida da Euribor, é uma das medidas de apoio ao Crédito Habitação disponíveis para reduzir a prestação.

Outra situação em que existe peróxido de carência é no início do empréstimo para um Crédito Habitação Jovem. Sabendo dos custos associados à compra da casa (mobiliário, eletrodomésticos, etc.), alguns bancos permitem estar nos primeiros dois anos apenas a amortizar juros e ter uma prestação mais baixa.

Como funciona esta carência no crédito habitação?

Ela significa um novo cálculo da prestação, mas que entra em vigor depois de terminar o período de carência. Ou seja, o que não amortiza do empréstimo durante este prazo é dividido nas prestações futuras.

Imagine, por exemplo, que falta pagar 50.000€ do crédito habitação nos próximos 20 anos. Isso significa, em média pagar 210€ todos os meses. Mas se recebe uma carência de dois anos, tem de pagar os 50.000€ em 18 anos, o que representa um custo médio mensal de 230€.

Em segundo lugar, continua a ter custos, já que vai pagar juros durante o prazo da carência. Ou seja, se a sua prestação era de 400€, divididos entre 200€ de amortização da capital e 200€ de juros, vai pagar 200€ todos os meses durante o período de carência.

Como pedir período de carência no crédito habitação?

Para pedir esta excepção tem de fazer a renegociação do crédito habitação com o seu banco. Ou seja, demonstrar a incapacidade para pagar a prestação atual e colocar em cima da mesa a hipótese de ter um período de carência.

Mas tenha alguns cuidados antes de aceitar esta medida. Em primeiro lugar, veja se existem outras opções para baixar o valor do empréstimo, como mudar os seguros ou aumentar a bonificação do spread.

E, principalmente, peça uma simulação para saber quanto aumenta a sua prestação no fim do período de carência. Caso o aumento seja demasiado elevado, procure alternativas para baixar a prestação, como a transferência do crédito habitação..

Esta opção também existe em outros empréstimos?

Sim. Ele é muito habitual, por exemplo, no Crédito Formação e Estudos. Este é um empréstimo com prazo alargado até 10 anos que começa a pagar só quando termina o curso universitário. E, por isso, é uma excelente forma de ter um curso quando não tem dinheiro para as propinas.

O período de carência foi também muito utilizado no Crédito Pessoal durante a pandemia por quem teve quebras no salário. Ele permitiu ficar a pagar apenas os juros durante os períodos de isolamento e de lay-off, sendo alargado o prazo final para amortizar o empréstimo.

Vale a pena pedir o período de carência?

Neste momento, em que as taxas de juro continuam a subir e devem manter-se alta nos próximos tempos, pedir o período de carência não é a melhor opção. Afinal, quando voltar a pagar o empréstimo da casa vai ser ainda mais difícil ter dinheiro para a prestação.

Como tal, antes de pedir um período de carência procure alternativas. A melhor solução é fazer a transferência do crédito habitação, já que o Estado aboliu temporariamente as comissões de amortização antecipada e há vários bancos a oferecer as comissões iniciais do empréstimo.

Para saber quais os melhores bancos para transferir o empréstimo e onde encontra a prestação mais baixa, comece por visitar o simulador de crédito habitação. Compare os juros e spread em todos os bancos e escolha a melhor oferta. 

Desta forma, sem aumentos de prestação no futuro, baixe o custo do crédito habitação em três passos: Simule, Compare e Poupe!