Saiba as regras do aumento anual das rendas e o impacto que tem para 2024

Está confirmado que para 2024 o aumento anual das rendas pode chegar aos 6,9%. Mas sabe como se chega a este número e qual o impacto? Vamos explicar tudo…
Todos os anos o preço de uma casa alugada pode subir. Isto acontece por causa do aumento anual das rendas, que é limitado a um teto máximo. Mas, ainda assim, as diferenças podem ser bastante altas para quem paga todos os meses o aluguer da casa.
Porque já são conhecidos os valores máximos do aumento anual das rendas para 2024 vamos explicar como tudo funciona. E também quanto pode aumentar a renda em 2024. Além disso, vamos dizer-lhe o que pode fazer para minimizar o impacto deste aumento…
Como funciona o aumento anual das rendas?
O aumento anual das rendas é definido de acordo com a inflação anual no país. Por exemplo, o aumento das rendas para 2024 pode chegar aos 6,94%, segundo os valores definidos pelo Instituto Nacional de Estatística.
No entanto, não é preciso esperar pelo final do ano para ser definido o limite do aumento das rendas. O aumento é definido com base na inflação de agosto, já que depois é preciso dar tempo para intervenções do governo e para os senhorios informarem os inquilinos.
Como tal, é possível que o aumento das rendas seja limitado pelo governo. Por exemplo, a subida das rendas para 2023 foi limitada aos 2%, para evitar maior impacto com o aumento do custo de vida.
Por isso, como o custo de vida continua elevado, o governo pode intervir novamente para travar o aumento anual das rendas para 2024 e limitar a subida.
O que significa um aumento de 6,9% das rendas para 2024?
A conta é simples de fazer. Com um aumento de 6,9%, por cada 100€ de renda fica a pagar 106,94€.
Quanto aumentam as rendas em 2024?
Nesta tabela vamos calcular o aumento anual das rendas para 2024 caso o aumento seja de 6,94%. Mas, também,quanto aumentam se o governo decidir repetir as medidas de 2023 e limitar o aumento a 2%.
Valor da Renda | Aumento de 6,9% | Aumento de 2% |
500€ | 534,50€ | 510€ |
550€ | 587.95€ | 561€ |
600€ | 641.40€ | 612€ |
650€ | 694.85€ | 663€ |
700€ | 748.30€ | 714€ |
750€ | 801.75€ | 765€ |
800€ | 855.20€ | 816€ |
900€ | 962.10€ | 918€ |
1000€ | 1069€ | 1020€ |
1250€ | 1336.25€ | 1275€ |
1500€ | 1603.50€ | 1530€ |
Quais as regras para aumentar as rendas?
Os senhorios podem aumentar as rendas no início do ano, de acordo com a inflação anual e os limites impostos pelo governo. Para isso é definido um coeficiente de atualização anual das rendas.
Mas há outras formas de atualizar as rendas, que é com base no valor de avaliação do imóvel. E, nesse caso, o aumento tem um limite de 4%. E, por fim, se o contrato de arrendamento incluir essa excepção, os aumentos podem ser maiores e definidos com total liberdade pelo senhorio.
Qual o prazo para informar os inquilinos do aumento anual das rendas?
O aviso deve ser feito com uma antecedência de 30 dias e enviado por carta com aviso de recepção ou entregue em mão, com confirmação escrita da recepção pelo inquilino.
A carta deve indicar expressamente três dados:
- O coeficiente do aumento da renda
- O valor da nova renda
- A data em que começa a ser cobrada a nova renda (que nunca pode ser num prazo inferior a 30 dias)
Como pode responder o inquilino?
Quando é informado do aumento anual das rendas o inquilino fica com 30 dias para responder. E pode aceitar o aumento, fazer uma contraproposta ou decidir terminar com o arrendamento. Nesse caso, fica com 30 dias para abandonar o imóvel e deve ser negociada a devolução da caução e rendas já pagas antecipadamente.
O inquilino pode não aceitar o aumento anual da renda?
Existem algumas situações em que o inquilino se pode opor. Elas são:
- Ter mais de 65 anos de idade;
- Estar numa situação comprovada de carência económica;
- Ter um grau de incapacidade ou deficiência comprovada superior a 60%.
O que fazer se não conseguir pagar a renda?
Nessa situação deve-se pedir o apoio às rendas. As regras são já conhecidas para pedir este subsídio e estão todas explicadas neste artigo sobre o apoio às rendas. Como alternativa, pode-se fazer uma poupança em outras despesas ou encontrar um encontrar um segundo emprego para fazer face ao apoio.
Por fim, se procura uma nova casa pode usar soluções de financiamento para ter mais margem de tempo até se mudar. No entanto, opções como o cartão de crédito têm de ser feitas com cuidado e sempre num curto-prazo.