Saiba o que é a pobreza energética e como a evitar na sua casa

pobreza energética

A pobreza energética em Portugal é um problema que afeta muitas pessoas. Saiba o que ela significa e os apoios que existem para sair da pobreza energética em casa

Ter desconforto em casa, tanto no Inverno como no Verão, é um sinónimo de pobreza energética. Este problema, que afeta cerca de 40% das casas, tem várias origens e pode ser combatido de diversas formas.

Um dos problemas para combater este problema é, no entanto, o desconhecimento do que é a pobreza energética. Além disso, a imensa quantidade de situações a resolver. Os preços da luz e gás, por exemplo, são um deles. Mas a construção das casas e o conhecimento das formas de combater a pobreza energética são outras soluções.

Neste artigo vai ficar a saber tudo sobre a pobreza energética. O que ela significa, como ela se manifesta, os problemas de saúde que ela causa e os apoios que existem para a combater. Porque, como vai ver, há várias formas de contornar este problema.

O que é a pobreza energética?

Ela é o significado para o desconforto sentido em casa por causa do clima. Ele é mais intenso no Inverno, mas também se manifesta no Verão. 

Ou seja, ter a casa demasiado fria e sem capacidade para a aquecer no Inverno significa pobreza energética. Mas a casa demasiado quente e sem capacidade para a arrefecer no Verão também é um sinónimo de pobreza energética.

Quais as origens deste problema?

Há vários fatores que se combinam. Por exemplo, eles incluem:

  • Falta de acesso a eletricidade e gás;
  • Preços demasiado altos de luz e gás;
  • Má construção das casas;
  • Falta de conhecimento de formas de climatizar a casa;
  • Incapacidade económica para comprar equipamentos de climatização;

A falta de ligação às redes públicas é uma das maiores razões para a pobreza energética no mundo. Mas em Portugal isso não se verifica, especialmente na rede de eletricidade. 

Como tal, a falta de preparação das casas é um dos principais motivos para este problema no nosso país. É por isso que, apesar das temperaturas mais amenas, o problema da pobreza energética em Portugal é mais evidente que no Norte da Europa, onde os Invernos são mais rigorosos.

Mas a falta de dinheiro (ou não estivéssemos a falar de pobreza) é outra questão fulcral. Ela manifesta-se na poupança dos gastos com eletricidade, incapacidade para pagar as faturas de luz e gás e ainda não conseguir comprar aquecedores, ventoinhas ou ar condicionado para ter uma temperatura amena em casa.

Como ela se manifesta em casa?

Ter a temperatura e as paredes demasiado quentes ou frias é uma evidência da pobreza energética. Mas sentir correntes de ar no Inverno, por exemplo, também é um alerta para esta situação. 

Que problemas de saúde que ela pode causar?

Há vários problemas de saúde associados à pobreza energética. Problemas respiratórios como constipações e pneumonias devido ao frio e correntes de ar em casa no Inverno, são uma das maiores consequências. Além disso, o frio sentido em casa pode dar origem a problemas com os ossos e a dores musculares.

Mas, no Verão, a dificuldade em arrefecer a casa nas ondas de calor contribui para aumento de problemas cardíacos e outras complicações. Por isso, é evidente que a dificuldade em ter uma temperatura amena contribui para mortes prematuras e traz custos elevados para o serviço nacional de saúde.

Há ainda outro impacto. O desconforto em casa tem um efeito psicológico nas pessoas, impedindo o descanso e relaxamento. Por isso, além dos problemas físicos há que considerar também os efeitos psicológicos da pobreza energética para as pessoas.

Que apoios existem para combater a pobreza energética?

Quatro em cada dez portugueses enfrentam este problema. Por isso, o Estado tem vários apoios disponíveis. Mas destacam-se dois auxílios:

  • Para quem tem dificuldades económicas, existe a tarifa social de eletricidade que permite pagar menos 33% nas faturas de energia;
  • Para quem sofre com a má construção das casas, o Fundo Ambiental 2023 tem apoios para mudar revestimentos das paredes, soalhos e também para a substituição das janelas por alternativas mais eficientes a nível ecológico e térmico.

Além disso, há ainda outros apoios disponíveis. Por exemplo, em 2023 quem tem tarifa social de energia recebe da Seguranla Social um apoio de 90€ trimestralmente. Esse valor pode ser usado para equipamentos de climatização da casa, bem como para outras finalidades.

Há outras medidas sem custos?

Outras opções para melhorar a climatização da casa. Algumas das principais opções são:

  • Durante o dia manter as persianas fechadas no Verão e abertas no Inverno, para manter uma temperatura amena em casa;
  • Calafetar as janelas, para evitar frestas e outras aberturas por onde o calor ou o frio se podem infiltrar;
  • Usar desumidificadores no Inverno para reduzir o impacto da humidade associada ao frio em casa;
  • Colocar quadros, tapeçarias, tapetes e outros objetos a revestir as paredes e chão, para evitar que elas reduzam tanto a temperatura;
  • No Verão abrir as janelas durante a noite para aproveitar as temperaturas mais baixas e climatizar a casa;
  • Comparar os preços de energia para poupar até 40% nas faturas

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