Saiba como sobreviver ao fim das moratórias ao crédito

Veja como reduzir encargos com os bancos com o das moratórias ao crédito

O fim das moratórias ao crédito é um problema para muitas famílias, já que os orçamentos mensais ficaram mais curtos mas as despesas voltam agora a ser as anteriores à pandemia. Veja agora o que pode fazer para não ter problemas com os bancos quando terminar o adiamento das prestações pela Covid-19

Criadas para evitar o incumprimento dos créditos por muitas pessoas afetadas pela pandemia, as moratórias ao crédito foram uma das principais medidas de apoio às famílias.

Mas agora elas aproximam-se do fim, o que é um pesadelo para muitos que continuam em lay-off ou perderam o emprego, ficando com orçamentos mais curtos. Isso significa que agora voltam a existir todos os encargos mensais anteriores à Covid-19, mas agora há menos dinheiro para as pagar.

A Comparamais dá-lhe uma ajuda e explica-lhe como sobreviver ao fim das moratórias e, em alguns casos, até com a hipótese de acabar o mês com mais dinheiro…

Como reduzir as despesas do banco com o fim das moratórias?

As decisões do governo e das entidades reguladoras significam que entre abril e dezembro de 2020 vão terminar todas as moratórias. Por isso, comece a pensar nestas soluções para reduzir as suas despesas com o banco…

Renegociar o crédito

Esta é a primeira opção que deve tomar, e serve para crédito pessoal, para o crédito habitação ou para o crédito automóvel, entre outros. Poderá obter benefícios ao renegociar os seus créditos de duas formas. Em primeiro lugar obtendo taxas de juro mais baixas. Por outro, alargando o prazo de pagamento do empréstimo.

Nestas duas situações o resultado final será sempre o mesmo: uma prestação ao banco mais baixa. Mas, caso o seu banco não lhe apresente condições favoráveis, considere a opção seguinte…

Transferir o crédito

Exceto se tiver algum acordo de permanência ou tenha optado pelo não pagamento dos juros, pode sempre decidir mudar o seu crédito habitação. Dessa forma poderá obter taxas de juro mais baixas e, assim, reduzir a sua prestação mensal.

Além disso, pode ponderar a hipótese de pedir um crédito com período de carência. Ou seja, que não começa a pagar de imediato. Esta é uma opção que existe em alguns créditos habitação e também habitual em créditos para formação, por isso verifique se pode obter este benefício.

Consolidar os créditos

O crédito consolidado é uma solução que abrange tanto quem tenha crédito pessoal como crédito habitação. Consolidação de créditos significa, basicamente, juntar todos os créditos num só. A principal vantagem é, basicamente, obter uma taxa de juro mais baixa e, dessa forma reduzir as suas prestações.

Um crédito consolidado é uma das melhores opções para reduzir as suas despesas com os bancos. Afinal, em alguns casos o valor total das suas prestações pode descer mais de 50%.

Contas de serviços mínimos…

Esta não é uma solução viável para quem tenha crédito habitação, já que o crédito bonificado exige a contratação de vários serviços bancários. Mas se tem apenas crédito pessoal pondere esta hipótese. Com uma conta de serviços mínimos bancários irá cortar bastante nas despesas com comissões ao banco.

Como explica o Banco de Portugal, “pela prestação dos serviços mínimos bancários, as instituições de crédito não podem cobrar comissões, despesas ou outros encargos que, anualmente e no seu conjunto, representem um valor superior a 1% do indexante dos apoios sociais (4,38 euros, de acordo com o IAS de 2021)”.

Pelos seus custos mais reduzidos, cada vez existem mais contas de serviços mínimos. Entre 2015 e 2020 elas tiveram um crescimento de 400%, passando de cerca de 25000 para mais de 125000 contas de serviços mínimos.

Fim das moratórias – Cortar em outras despesas

Além dos encargos ao banco, há outras formas de cortar nas despesas para lidar com o fim das moratórias ao crédito. A principal é, provavelmente, nas despesas regulares de casa. Mas também há outras soluções…

Mudar o serviço de energia

Com a mudança do serviço de luz e gás pode, facilmente, poupar mais de 200€ por ano. Com o simulador de preços de energia da Comparamais vai saber qual é a empresa que lhe oferece as tarifas mais baixas e, dessa forma, aumentar o seu orçamento mensal disponível.

Trocar as telecomunicações

Tal como acontece com a energia, também aqui poderá reduzir de forma evidente as suas despesas mensais. Seja ao reduzir os serviços, por exemplo com uma velocidade de internet mais baixa, ou com a mudança de fornecedor.

Nesse caso poderá ter descontos nas mensalidades, ganhar mensalidades grátis e, ao adicionar os telemóveis ao pacote de telecomunicações, também ter benefícios para os dados móveis. E na NOWO, por exemplo, pode obter uma poupança anual próxima dos 500€.

Se pretende saber qual o melhor serviço de telecomunicações para si, compare os preços com o simulador de TV NET VOZ.

Comparar os preços antes de comprar e use os descontos

As compras de alimentos e outros produtos para casa são também uma despesa relevante. Por isso deve comparar os preços dos produtos antes de fazer a compra, já que pode obte-los por preços inferiores em outras lojas.

Além disso, não descure os descontos com cupões e cartões de cliente. Eles podem dar descontos até 50% do preço original e, dessa forma, ficar-lhe muito mais baratos.

Aproveite ainda outras promoções, como descontos no IVA e outras vantagens, mas antes verifique sempre se a diferença de preços compensa em relação ao custo em outras superfícies comerciais.

Corte nas subscrições e assinaturas

Há varias despesas que uma pessoa faz habitualmente mas para as quais existem alternativas. Uma delas são os ginásios, podendo optar por fazer exercício físico ao ar livre e usando os equipamentos disponíveis nos parques municipais. E ainda pode optar por fazer exercício em casa.

Outro exemplo são as subscrições de streaming ou de outros produtos que podem ser canceladas ou reduzidas. Opte pelo downsizing ou pelo cancelamento de serviços que não utiliza.

“Do it yourself” – Faça você mesmo

Há pequenas obras reparações e outros serviços que pode evitar pagar, fazendo-os sozinho. Para isso pode obter ajuda de familiares ou amigos com conhecimento especializado ou, também, ver tutoriais no Youtube e outras redes sociais. Assim evitará gastar dinheiro que lhe pode fazer falta no final do mês.

Pode, além disso, reparar equipamentos em vez de comprar novos, com preços muito mais elevados. Dessa forma reduzirá bastante estes gastos e, por consequência, ficará com mais orçamento disponível.

Opte por transportes públicos e mobilidade verde

Em vez de usar o carro para todas as deslocações, opte por soluções mais sustentáveis. Dessa forma poderá evitar gastos com combustível e inerentes ao desgaste e quilometragem da viatura e, além disso, também vai poupar no ambiente.

Por exemplo, se mora em Lisboa com apenas 40€ terá um passe para todos os transportes públicos. E só em deslocações e estacionamento facilmente gasta quatro vezes mais em cada mês com as suas deslocações.

Evite usar o carro para as deslocações em que tem alternativas. Agradecem a sua carteira, a sua saúde e também o meio ambiente…

Outras medidas para poupar ou ganhar dinheiro

Há ainda mais opções para gastar menos dinheiro ou até obter algum rendimento extra. Para finalizar as sugestões da Comparamais para lidar com o fim da moratória ao crédito, aqui ficam mais alguns conselhos…

Descubra que apoios sociais pode obter

Se o seu agregado mensal foi fortemente afetado, por exemplo se perdeu o emprego, pode ficar abrangido por diversos apoios sociais.

Alguns dos mais comuns, habitualmente associados ao mínimo de existência e indexados ao IAS (Indexante dos Apoios Sociais) são isenções do IMI por baixos rendimentos, o acesso aos abonos de família e a isenção de taxas moderadoras. Veja a que benefícios tem direito e evite despesas que está isento de pagar.

Encontre um segundo trabalho

Seja pela internet, em teletrabalho, ou mesmo presencialmente, procure uma segunda ocupação. Dessa forma irá aumentar o seu rendimento mensal e ter mais liquidez financeira para lidar com o fim das moratórias ao crédito.

Venda produtos que não usa

Hoje em dia, com plataformas online como o eBay, pode vender todos os objetos que tem em casa e não usa. Por exemplo, tem vestidos e outras peças de vestuário de cerimónia que apenas usou uma vez? Venda-as e recupere algum do dinheiro que gastou.

Outra boa dica tem a ver com loiças, mobílias e outros objetos mais antigos que possui. Há imensos fãs de produtos vintage, que adoram uma boa “velharia” que confira um design mais clássico aos seus espaços.

Experimente, talvez até fique surpreendido com aquilo que os outros podem pagar por aquilo que você estava disposto a mandar para o lixo…

Defina o seu orçamento mensal para fazer poupanças

Faça as contas ao dinheiro que tem disponível depois de pagar as contas mensais e veja quanto lhe sobra para “luxos”. E depois defina um máximo do orçamento disponível para esses gastos. Assim vai conseguir poupar mais dinheiro ao final de cada mês.

Há várias plataformas que pode usar para estas poupanças. Por exemplo, bancos digitais como o Revolut permitem-lhe manter uma poupança mensal frequente. Descubra as várias opções para fazer um “pé de meia” e tenha sempre um fundo disponível para gastos inesperados.

Peça faturas com NIF e faça a validação no e-Fatura

Esta é uma medida a “longo-prazo” para ter mais dinheiro depois do fim das moratórias, já que os seus efeitos apenas se vão fazer sentir quando entregar o IRS em 2022. Mas, ao pedir faturas com NIF e validar as despesas no e-Fatura, terá deduções específicas para o IRS.

Assim, ao entregar o IRS vai conseguir recuperar mais dinheiro daquele que descontou pela retenção na fonte. E, dessa forma, poderá ter uma agradável surpresa quando for entregar o IRS.