Quanto tempo demora um crédito pessoal a ser aprovado em Portugal?

O que fazer para ter um crédito pessoal em Portugal

Conceder créditos é uma das principais funções dos bancos. Veja agora tudo o que é que preciso para que o seu crédito seja aprovado.

Empréstimos pessoais ou crédito pessoal

O crédito pessoal em Portugal é na maioria das vezes a solução oferecida pelos bancos para financiar algum projecto que tenha, remodelar a sua casa, comprar um carro, férias, viagens, financiar os estudos ou saúde.

Por norma, o crédito pessoal é um crédito de fácil obtenção, com aprovação de 24h a 48h, devido à rapidez do processo. Especialmente se decidir tratar tudo online, o que torna a aprovação mais veloz.

Pode pedir montantes que vão desde 1.000€ até 75.000€, com prazos entre os 12 a 84 meses.

Empréstimos pessoais e taxas

Os empréstimos pessoais são calculados tendo em conta uma TAEG e uma TAN associada.

TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global)

A TAEG é a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global e representa o custo de um crédito com todos os encargos. A TAEG é a referência para comparar as várias propostas e, por norma, as ofertas com a taxa de TAEG mais baixa são mais baratas para o consumidor.

Para calcular a TAEG é preciso incluir os juros (TAN), as comissões, os impostos, os seguros, a comissão de manutenção da conta à ordem, bem como outros eventuais custos de operações que possam estar incluídos no contrato de crédito.

Por outro lado, NÃO inclui valores a pagar por incumprimento do contrato, comissões de reembolso antecipado do empréstimo e custos notariais.

TAN (Taxa Anual Nominal)

A TAN (Taxa Anual Nominal) indica os juros do empréstimo. Uma vez que se trata de uma taxa anual, tem de dividir o valor por 12 para saber o impacto mensal. Esta taxa não inclui encargos ou impostos, é obrigatória em todos os contratos de crédito e é sempre aplicada durante o período de um ano.

É aconselhável comparar as opções de crédito utilizando a TAEG como referência e não a TAN, pois esta não inclui os custos previstos com comissões ou seguros.

No crédito habitação não confunda a TAN com o spread. A Taxa Anual Nominal já inclui o spread, normalmente acrescido do indexante, que no crédito com taxas variável corresponde à Taxa Euribor.

Como calcular a TAEG?

Se pedir um empréstimo de €12.000 por um prazo de 5 anos e uma TAN de 8% (à qual acrescem 200€ de comissões iniciais + o imposto de selo, e comissões mensais de 1,5€ + imposto de selo), a TAEG será de 10,92%. Isto significa que terá de pagar, todos os anos, o equivalente a 10,92% do montante do empréstimo.

O que é o MTIC?

Sempre que encontrar um anúncio sobre créditos, esta é uma sigla que vai encontrar e que significa Montante Total Imputado ao Consumidor. O MTIC corresponde ao valor total que o cliente terá de pagar ao banco durante todo o período do empréstimo, incluindo por isso o valor total dos juros, comissões, impostos e outros encargos associados.

Tal como a TAEG, o MTIC pode funcionar como referência para comparar as várias propostas de empréstimos disponíveis. 

É importante estar atento a este indicador antes de escolher uma opção de crédito.

Nos empréstimos com taxas de juro variáveis ou mistas, o MTIC é meramente indicativo, pois as taxas de juro podem variar ao longo do tempo. Assim, um empréstimo com uma taxa de juro mais elevada terá um MTIC mais elevado. Por outro lado, num crédito a prazo mais curto, o MTIC será mais baixo.

Saiba que o MTIC está sempre explicado na informação sobre o seu contrato, a designada Ficha de Informação Normalizada (FIN), na secção “Montante total imputado ao consumidor”.

No caso da Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) pode encontrar informações sobre o MTIC na secção “Principais características do empréstimo”, no campo “Montante total a reembolsar”.

Quais são os juros associados ao crédito habitação?

Dependendo do prazo aplicado a cada empréstimo, as taxas de juro do crédito aos consumidores podem ser uma vantagem para si ou para a instituição bancária a quem pediu esse crédito.

Taxa de juro fixa

Neste tipo de empréstimo, a taxa de juro não se altera durante todo o prazo do contrato. Este tipo de contrato permite que não seja influenciado pela variação das taxas de juro.

Taxa de juro de juro mista

Neste tipo de contrato, é definido entre o cliente e o banco que numa primeira fase a taxa de juro será fixa e, posteriormente, passará a ser uma taxa variável.

Taxa de Juro varíavel

Neste caso, o valor da prestação está sempre dependente da subida da Euribor. Normalmente este é o crédito habitação mais barato a curto-prazo, mas caso o indexante venha a subir ele pode tornar-se menos vantajoso no longo-prazo.

As taxas de empréstimo pessoal subir?

Infelizmente, com a instabilidade económica, a inflação e a guerra na Ucrânia, as taxas de juro dos empréstimos habitação estão a subir. E o principal culpado é precisamente a Euribor, que já subiu mais de 2% em menos de um ano. Isso significa para muitas pessoas pagar entre 50€ e 100€ a mais todos os meses…

No caso do crédito pessoal, verifica-se alguma estabilidade nas taxas. Há que referir que, pelos valores mais baixos e ausência de garantias, os juros do crédito pessoal são mais altos que as taxas dos empréstimos imobiliários. Mas neste caso o prazo também é menor, pelo que fica menos tempo para pagar o montante que pediu.

Motivos para ter um crédito rejeitado

Existem várias razões para que os empréstimos pessoais não sejam garantidos. Antes de decidir a concessão de um empréstimo, o banco faz uma avaliação detalhada ao cliente. Nessa análise de risco são tidos em conta diversos fatores. Os principais são:

  • Taxa de esforço: as prestações dos empréstimos não devem ser superiores a 40% do rendimento familiar mensal. A taxa de esforço mostra qual é o peso (em percentagem) dos encargos com créditos contraídos no rendimento familiar mensal;
  • Histórico de cliente: também a relação que o cliente tem com o banco é importante para conseguir a aprovação do empréstimo. O histórico do cliente mostra à instituição financeira o tipo de movimentos financeiros realizados, o que permite traçar um perfil;
  • Perfil de Risco: Para verificar a reputação do cliente, o banco recorre, entre outros registos, à base de dados da Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) do Banco de Portugal;
  • Valor do património: no crédito habitação os imóveis do cliente é a garantia usada pelo banco para conseguir recuperar o valor em dívida, caso o cliente deixe de pagar as suas prestações;
  • Capacidade de gestão: a capacidade de gerir o dinheiro é, também, um importante elemento, que poderá definir a concessão do crédito. É avaliada, por exemplo, através dos dados pessoais, como o cargo ocupado na empresa, a estabilidade no emprego, entre outros.

Pagar crédito pessoal antes do tempo

A vantagem do crédito pessoal é que pode amortizar o valor da dívida quando quiser. E pode fazê-lo totalmente ou parcialmente. Para pagar antecipadamente o crédito, o cliente deve notificar a instituição de crédito com pelo menos 30 dias de antecedência, por carta ou outro suporte duradouro.

A instituição de crédito não pode opor-se ao reembolso antecipado. Mas, na data do reembolso antecipado, a instituição de crédito pode exigir ao cliente o pagamento de uma comissão com um valor máximo de:

  • 0,5% do montante do capital reembolsado, se faltar mais de um ano para o fim do prazo previsto do contrato, ou
  • 0,25% do montante do capital reembolsado, se faltar um ano ou menos para o fim do prazo previsto do contrato.

Empréstimos pessoais e divórcio

Se tiver contraído um crédito com o seu parceiro terão obrigação de pagá-lo na mesma. Podem pedir uma divisão do montante de crédito que esteja em dívida para pagamento. Esta divisão do crédito carece de consentimento dos bancos. Estes aceitam se quiserem e se acharem que a pessoa a quem será adjudicado o crédito tem condições de pagar.

Na generalidade dos casos, esta adjudicação do crédito passa pelo fim do crédito antigo e na consignação de um novo empréstimo. Este será feito nas condições atuais, que tipicamente são menos vantajosas para o cliente. Na prática isto significa que muito provavelmente o spread do crédito irá subir, logo o montante de juros a pagar será superior, visto que se terá de mexer na proposta inicial.

Documentos necessários para pedir um crédito pessoal

  • Documentação de identificação (cartão de cidadão ou bilhete de identidade ou cartão de contribuinte);
  • Comprovativo de residência, caso se aplique;
  • Comprovativo de IBAN;
  • Recibo de vencimento (alguns bancos pedem apenas o último outros pedem os últimos três);
  • Declaração de IRS;
  • Comprovativo de reforma, caso se aplique.

Se quiser fazer um pedido de crédito pessoal agora, basta aceder ao simulador de crédito pessoal e fica a saber tudo para fazer a sua contratação com a Comparamais.