Leilão 5G terminou e as operadoras pagam 570M€ pelas novas frequências

leilão 5G rendeu 570M€

A ANACOM anunciou que terminou finalmente o leilão 5G em Portugal, através do qual disponibilizou as frequências que serão utilizadas. A NOS, a Vodafone, a MEO e a NOWO foram as empresas que mais investiram, com o leilão 5G a render 570M€

Após 1772 rondas e um investimento de 570M€ efetuado por seis operadoras em 58 lotes de frequência, finalmente terminou o leilão 5G em Portugal. Isto significa que as redes de nova geração para telemóveis e outros dispositivos estão cada vez mais próximas do lançamento. O passo seguinte para a chegada do 5G a Portugal é agora o pagamento das licenças de utilização, a efetuar até ao início de dezembro.

Com o fim do leilão, os Direitos de Utilização de Frequência ficaram divididos entre seis empresas. Quatro delas são as principais operadoras móveis nacionais, a MEO, a NOS, a Vodafone e a NOWO. Juntam-se ainda duas empresas desconhecidas da maioria dos portugueses, a Dense Air e a Dixarobil. Tudo indica que estas duas empresas estão mais interessadas na revenda do direito de utilização do que na venda direta de serviços de telemóvel ou de TV e Internet em Portugal.

Leilão 5G rende 570 M€

A ANACOM anunciou no dia 23 de novembro o fim do leilão e o investimento de cada operadora. Além disso, anunciou que elas tinham um prazo de dez dias para fazer o pagamento dos Direitos de Utilização de Frequência (DUF) pelas faixas que adquiriram. O pagamento do valor pode ser feito na totalidade ou, se as empresas pretenderem, avançar agora apenas metade do valor e os outros 50% ao longo dos próximos sete anos.

Após ser feito o pagamento “serão emitidos os títulos que consubstanciam os DUF em todas as faixas”, explica a ANACOM. Dessa forma os operadoras passam a ter acesso a usar esses espectros e, consequentemente, fazer finalmente o lançamento do 5G em Portugal. Aliás, há já operadoras a comercializar pacotes 5G em Portugal, como a MEO e a NOS.

Maiores operadoras lideram investimentos no 5G

As quatro maiores operadoras nacionais são as empresas que apostaram com mais força na aquisição de licenças 5G. A NOS lidera os investimentos, com 165M€ gastos por 15 faixas.

Em segundo lugar na lista de investimento está a Vodafone. A operadora inglesa gastou 133,2M€ em 11 frequências, seguida de perto pela MEO, que pagou 125M€ por 12 lotes. Já a NOWO ficou com os DUF de 7 frequências, numa aposta avaliada em 70,1M€.

Por fim, surgem a Dixarobil, que investiu 67,3M€, e a Dense Air, que gastou apenas 5,7M€.

O que são os lotes de frequências do leilão 5G?

O 5G disponibiliza ligações à internet através de ondas de rádio, que podem ser de:

  • baixa frequência (nas faixas de 600 e 700MHz, com velocidades de download entre 30 megabits por segundo e 250 Mbps)
  • média frequência (normalmente entre 2,5 GHz e os 3,7 MHz, permitindo downloads até 900 Mbps)
  • alta frequência (de 24 a 47 GHz, e garantindo velocidades acima de 1 Gbbs)

O leilão do 5G em Portugal focou-se nas baixas e médias frequências. Uma justificação possível para isso é o facto das altas frequências terem um raio de transmissão mais baixo. E, por isso, não são a melhor solução para garantir um acesso 5G amplo e generalizado à população.

Como funcionam as frequências 5G?

O 5G usa, como as anteriores redes wireless, sinais de rádio para passar dados. Mas, como demonstra a imagem seguinte, ela pode recorrer a diferentes antenas, de acordo com as frequências. As mais altas têm um comprimento de onda mais curto, garantindo mais velocidade e menor latência, mas com um raio de alcance menor. Por isso, exigem um número mais elevado de antenas com menor distância entre elas.

Embora com velocidades mais baixas e latências superiores, as frequências mais baixas precisam de menos antenas e estão disponíveis a distâncias maiores. É por isso que o atual leilão se focou nas frequências baixas e médias, de forma a garantir um acesso alargado ao 5G à população. E, pelo menos nesta primeira fase, estas ligações serão complementadas pelas atuais redes 4G.

O 5G está pronto a ser lançado?

Com a atribuição dos direitos de utilização de frequência, e o pagamento dos 570M€ pelos operadores, tudo indica que o 5G está pronto para chegar aos portugueses. Há, no entanto, ainda algumas questões a resolver. Como recorda a MEO, será agora necessária a “celebração do acordo que assegure o sincronismo entre as várias redes”.

Mas, ainda durante o muito criticado e demorado leilão do 5G em Portugal (entre dezembro de 2020 e outubro de 2021), já os operadores anunciavam estar prontos para o lançamento comercial das novas redes. Como tal, os clientes podem já optar por tarifários de telemóvel com tecnologia 5G incluída.

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